"Professoooor?!?!?! o Senhor aqui no shopping?!?!"
Tive até que sair da C&A, como sempre me negando a fazer cartões, pois o aluno estava embasbacado em me ver fora do colégio, e sem um giz na mão, com meus pais, olhou para os meus pais como se fossem venusiânos, e esperou uma resposta, a princípio pensei que fosse mais uma daquelas perguntas cretinas, na verdade retórica.
"Sim sim, estou passeando por aqui, vim comer um lanche... depois a gente se vê!" respondi, educadamente, saí da mesma forma que ele estava ao me ver, embasbacado.
Ele pensa que sou uma máquina que fica guardada no almoxarifado do colégio? Ou que não sou consumista?! sou professor de matemática, por mais que eu seja economista, sou consumista convicto, não sou daqueles professores de história que parecem hippies.
Mas devo confessar que isso acontece com alunos mais novos, após os 15 anos, já começam a nos ver de uma forma diferente, como terráqueos, quem sabe, se bem que se você analisar o corpo docente das escolas até dá pra desconfiar de alguns professores oriundos dos mais longínquos planetas da Via Láctea.
E não vá pensando que isso é uma vez ou outra que encontramos alunos perdidos pelas ruas, invariavelmente encontro alunos. E os ex-alunos então, aí as perguntas são hilárias:
1- Você ainda dá aula? (Como se fosse uma droga, do tipo: "Você ainda dá um 'tapa na pantera'?")
2- Ainda está no tal colégio? (Não importa o que você responder, SEMPRE ele vai falar que está melhor, se você falar que não ele vai falar: AHHHH MELHOROU! se você falar que sim ele vai retrucar: AHHHH LÁ É TÃO BOM! Ele não vai ir contra você, você não erra, afinal, você é não é um terráqueo)
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